quarta-feira, 13 de junho de 2007

História da Igreja - Parte 13

A Era das Trevas
Sob o regime dos bárbaros
O velho Império Romano estava moribundo, e não o sabia. Além das suas fronteiras do Reno e do Danúbio, agitava-se uma multidão de povos, prontos para irromper nos territórios romanizados. Estes povos, aos quais os romanos chamavam de "bárbaros", seguindo o exemplo dos gregos, tinham habitado as florestas e estepes da Europa Oriental durante séculos. Desde seu início o Império Romano fora constantemente obrigado a proteger suas fronteiras contra as incursões dos bárbaros. Para isso, construiu fortificações acompanhando o Reno e o Danúbio e, na Grã-Bretanha, uma muralha que separava os territórios romanizados dos que permaneciam em mãos de bárbaros. Para facilitar a defesa, repartiram as terras entre os soldados que vi¬viam nelas como colonos, em condições de correr ao campo de batalha se fosse necessário.
Deste modo, o Império Romano conseguiu defender suas fronteiras até meados do século IV. Porém, a partir de então, a defesa ficou cada vez mais difícil, até que por fim toda a parte ocidental do Império sucumbiu diante das vagas de invasores.
Em resumo, em fins do século V, a parte ocidental do Im¬pério Romano estava dividida entre uma série de reinos bárbaros. Destes, os mais importantes eram o dos vândalos no norte da África, dos visigodos na Espanha, os sete reinos dos anglos e dos saxões na Grâ-Bretanha, o dos francos na Gália, e o dos ostrogodos na Itália. Aqui, dois esclarecimentos são de grande importância para o curso futuro da história da igreja.
O primeiro destes esclarecimentos é que os diversos chefes, ou reis bárbaros, não se consideravam independentes do Império Romano. Muitos deles tinham cruzado as fronteiras com permissão do Império, para estabelecer-se como "federados".
Outros, mesmo a princípio sendo invasores, tinham colocado suas ar¬mas a serviço do Império contra algum outro povo bárbaro. E todos continuavam declarando que eram súditos do Império Romano. Seu propósito não tinha sido destuir a civilização romana, mas participar dos seus benefícios. Por isso, mesmo se muitas vezes suas campanhas e políticas destruíram grande parte desta civilização, a longo prazo quase todos os povos estabelecidos no velho Império acabaram por romanizar-se.
Isso pode ser visto, até os nossos dias, nos indiomas falados em Espanha, Portugal, França e Itália, cujas raízes se encontram muito mais na língua latina que nas dos bárbaros.
O segundo esclarecimento é que muitos destes invasores eram cristãos. No século IV, quando os godos se encontravam ao norte do Danúbio, havia entre eles missionários provenientes da parte oriental do Império Romano. O mais famoso deles, de quem só sabemos o nome godo, Ulfila, tinha inventado uma maneira de escrever a língua gótica e traduzido as Escrituras para ela.
Além disso, no tempo do imperador Constâncio, estivera em Constantinopla um forte contingente de soldados godos a serviço do Império. Muitos desses soldados se tornaram cristãos e depois regressaram ao seu povo com sua fé. Já que todos esses contatos tiveram lugar na época do apogeu do arianismo no Oriente, os visigodos se converteram a esta forma de fé cristã. Através deles também os ostrogodos, os vândalos e outros povos bár¬baros se tornaram cristãos arianos.
A falta de documentos impede que conheçamos os detalhes desta rápida e enorme expansão do cristianismo além das fronteiras do Império. Se os conhecêssemos, provavelmente, seriam das mais interressantes páginas da história da igreja. Em todo caso, o fato é que muitos dos bárbaros que no século V se estabeleceram na África, Espanha e Itália eram arianos.
Isso trouxe consequências sérias, pois até então, a questão do arianismo nunca havia sido discutida na parte ocidental do Império, como o fora na parte oriental.
Por isso, boa parte da história da igreja, durante os séculos V e VI, consiste no con¬flito entre o arianismo e a fé católica. O modo com que aqui usamos o termo "fé católica" não se refere ao catolicismo ro¬mano atual, mas simplesmente à fé dos que aceitavam a doutri-na trinitária que tinha sido promulgada nos concílios de Nicéia e de Constantinopla.
Neste sentido, tanto os protestantes quanto os católicos romanos do século XXI sustentam a "fé católica" frente ao arianismo. O que estava em jogo era, primeiro, se os arianos obrigariam os católicos a se converter, ou vice-versa; e, segundo, se os bárbaros que ainda eram pagãos se tornariam católicos ou arianos.
Assim, os séculos V a VIII foram um período de obscuridade e angústia na Europa Ocidental. As invasões dos bárbaros puseram um fim ao poderio efetivo do Império Romano na região, mesmo considerando-se que, durante séculos, muitos destes mesmos bárbaros continuassem a agir como se súditos fossem do Império agonizante.
Do ponto de vista religioso, os bárbaros reintroduziram na Europa Ocidental os elementos que pouco antes pareciam estar quase desaparecidos: o paganismo e o arianismo. Quase todos os invasores eram arianos: os vândalos, os visigodos, os ostrogodos, os suevos, os burgúndios e os lombardos.
Com o passar do tempo, esses povos ou desapareceram (os ostrogodos e os vândalos), ou se tornaram católicos (os suevos, os visigodos e os burgúndios). Quanto aos povos pagãos, todos se tornaram católicos. Mas algumas destas conversões foram resultado da pressão exercida por algum povo vizinho. Porém, na maior parte, foram simplesmente o resultado do processo de assimilação que ocorreu depois das invasões.
Os bárbaros não penetraram no Império para destruir a civilização romana, mas para participar dela. Por essa razão, a maioria deles logo esqueceu as línguas bárbaras e começou a falar (mal ou bem) o latim. Esta é a origem das nossas línguas latinas modernas.
De igual modo, os bárbaros abandonaram suas antigas crenças e acabaram por aceitar as dos povos conquistados. Esta é a origem do cristianismo ocidental, do tipo que a Idade Média conheceu.
Em todo esse processo, existe dois elementos da vida da igreja que se destacam por sua importância na conversão dos bárbaros e na preservação da cultura antiga. Esses dois elemen¬tos são o monasticismo e o papado.

O monasticismo
Vimos anteriormente que quando a igreja se uniu ao Império e tornou-se a igreja dos poderosos, houve muitos que, sem abandoná-la, se separaram dela para levar uma vida de renúncia especial, o que deu origem ao monasticismo. Se bem que naquela oportunidade vimos como o ideal monástico se propagou do Oriente de fala grega até o Ocidente de fala latina, na verdade, naquela época, o monasticismo ainda era um fenômeno principalmente oriental, cujos centros mais importantes eram Egito, Síria e, algum tempo mais tarde, Capadócia. Os monges que existiam no Ocidente somente imitavam o que tinham aprendido, ou ouvido, dos monges do Oriente.
O monasticismo oriental, todavia, não se adaptava de todo à Europa Ocidental. Além das diferenças de clima, que impediam que os monges ocidentais levassem a mesma vida que levavam os do Egito, havia diferenças significativas na maneira de encarar a vida cristã e a função do monasticismo nela.
A primeira dessas diferenças provinha do espírito prático que os romanos tinham deixado como seu legado à igreja ocidental. O cristianismo latino não via com bons olhos os exces¬sos da vida ascética dos anacoretas do Oriente. O propósito da vida ascética, assim como de qualquer exercício atlético, não é destruir o corpo, porém fazer com que ele seja cada vez mais capaz de enfrentar todos os tipos de provas. Por isso, o Ocidente não via com aprovação o jejum até o desfalecimento, ou a falta de dormir, só para castigar o corpo.
Além disso, como parte deste espírito prático, boa parte do monasticismo ocidental tinha o propósito de levar a cabo a obra de Deus, e não só de conseguir a própria salvação. Muitos monges do Ocidente usaram a disciplina monástica como um modo de se preparar para a obra missionária. Exemplo disto são Columba e Agostinho, e houve milhares de monges que seguiram o caminho traçado por eles. Outros monges ocidentais lutavam contra as injustiças e os crimes do seu tempo. Símbolo destes é Telêmaco, o monge que em princípios do século V se lançou ao meio de um combate de gladiadores, na arena do circo romano, para detê-lo. A multidão enfurecida, supostamente cristã, o matou. Porém a partir desta data, e em consequência da ação de Telêmaco, os combates de gladiadores foram proibidos pelo imperador Honório.
Outra diferença entre o monasticismo grego e o latino é que este último nunca sentiu a enorme atração pela vida solitária que dominou boa parte do monasticismo oriental. Apesar de haver no Ocidente alguns ermitões solitários, e de alguns dos mais famosos monges ocidentais praticarem por algum tempo este tipo de vida, a grosso modo, o ideal do monasticismo ocidental foi a vida em comunidade.
Por último, o monasticismo ocidental poucas vezes viveu a tensão constante com a igreja hierárquica que caracterizou o monasticismo oriental, principalmente nos primeiros tempos.
Até os dias de hoje o monasticismo segue seu próprio rumo nas igrejas orientais, prestando pouca atenção à vida da igreja em geral, a não ser quando algum monge é chamado para ser bispo. No Ocidente, ao contrário, a relação entre o monasticismo e a igreja hierárquica sempre tem sido estreita. A não ser nos momentos em que a corrupção extrema da hierarquia levava os monges a reformá-la, o monasticismo foi sempre o braço direito da hierarquia eclesiástica. Em mais de uma ocasião os monges reformaram a hierarquia, ou a hierarquia reformou o monasticismo decadente.
De certo modo o monasticismo ocidental encontrou seu fundador em Benedito de Núrsia. Antes dele, houve muitos monges da igreja ocidental, porém somente ele conseguiu dar ao monasticismo latino o seu próprio sabor, de tal modo que depois dele o monasticismo não foi mais algo importado do Oriente grego, mas uma planta autóctona.
Benedito nasceu na pequena aldeia italiana de Núrsia, por vojta do ano de 480. Para colocarmos sua vida dentro do quadro de acontecimentos, recordemo-nos que Odoacro depôs o último imperador do Ocidente em 476, e que em 493, quando Benedito começava sua adoles¬cência, toda a Itália estava nas mãos dos ostrogodos. A família de Benedito pertencia à velha aristocracia romana, e é de se supor que ele presenciou, durante sua mocidade, as tensões entre católicos e arianos que caracterizaram esta época na Itália.
Quando tinha mais ou menos vinte anos de idade, Benedito se retirou para viver sozinho em uma caverna, onde se dedicou a um tipo de vida extremamente ascético. Levava ali uma luta contínua contra as tentações. Seu biógrafo, Gregório, o Grande, nos conta que nessa época o futuro criador do monasticismo beneditino se sentiu dominado por uma grande tentação carnal. Uma mulher formosa, que ele havia visto anteriormente, se apresentou em sua imaginação com tanta nitidez que Benedito não conseguia conter sua paixão e chegou a pensar em abandonar a vida monástica. Então, nos diz Gregório:
"... ele recebeu uma repentina iluminação do alto, recobrou os sentidos, e ao ver uma moita de espinheiros e urtigas tirou toda a roupa e se lançou aos espinhos e ao fogo das urti¬gas. Depois de se revolver ali durante muito tempo, saiu todo ferido ... A partir de então nunca voltou a ser tentado de maneira igual."
Excessos como esse, entretanto, não eram característicos do jovem monge, para quem a vida monástica não consistia em destruir o corpo, mas em fazê-lo apto para ser um instrumento no serviço de Deus.
Em pouco tempo, a fama de Benedito era tal que um numeroso grupo de monges se reuniu a ele. Benedito os organizou em grupos de doze. Essa foi sua primeira tentativa de organizar a vida monástica, que teve de ser interrompida quando algumas mulheres dissolutas invadiram a região.
Benedito então se retirou para Montecasino com seus mon¬ges, um lugar tão remoto que ainda havia um bosque sagrado ali, e os habitantes do lugar continuavam oferecendo sacrifícios em um antigo templo pagão.
A primeira coisa que Benedito fez foi por um fim a tudo isto, derrubando as árvores, o altar e o ídolo do templo. Depois, organizou ali uma comunidade monástica para homens, perto de outra que sua irmã gémea, Escolástica, fundou para mulheres. Ali sua fama era tamanha que vinha gente de todo o país para visitá-lo. Entre esses visitantes se encontrava o rei ostrogodo Totila, a quem Benedito repreendeu, dizendo-lhe: — "Fazes muitas coisas más, e já tens feito mais. Chegou o momento de parar com estas iniquidades... Reinarás ainda por nove anos, e morrerás no décimo".
E, de acordo com o que diz o biógrafo de Benedito, Gregório, o Grande, Totila morreu no décimo ano do seu reinado, como o monge havia predito.
Porém a fama de São Benedito não se deve às suas profecias, nem à sua prática ascética, mas à Regra deu à comunidade de Montecasino, em 529, e que em pouco tempo passou a ser a base de todo o monasticismo ocidental.
A Regra de São Benedito
O enorme impacto desta Regra não proveio da sua extensão, pois ela continha somente setenta e três breves capítulos. O impacto proveio do fato de que a Regra ordena a vida monástica de forma concisa e clara, de acordo com o temperamento e as necessidades da igreja ocidental.
Comparada com os excessos de alguns monges do Egito, a Regra é um modelo de moderação em tudo o que se refere à prática ascética. No prólogo, Benedito diz a seus leitores que "se trata de constituir uma escola para o serviço do Senhor. Nela não queremos instituir nenhuma coisa áspera nem severa".
Em consequência, em toda a Regra domina um espírito prático, às vezes até transigente. Assim, por exemplo, enquanto que muitos monges do deserto se alimentavam somente de água, pão e sal, Benedito estabelece que seus monges devem se alimen¬tar duas vezes por dia, e que em cada refeição deverá haver dois pratos cozidos e às vezes outro de legumes ou frutas frescas. Além disto cada monge recebia um quarto de litro de vinho por dia. Tudo isso, é claro, somente quando não havia escassez, pois nesse caso os monges deveriam se contentar com o que havia, sem queixas ou murmurações.
De igual modo, enquanto que os monges do deserto dormiam o menos possível, e da maneira mais desconfortável possível, Benedito prescreve que cada monge deverá ter, além do seu leito, uma coberta e um travesseiro. Ao distribuir as horas do dia, ele separa de seis a oito para o sono.
Porém, em meio à sua moderação, há dois elementos em que Benedito se mostra firme. Estes dois são permanência e obediência. Permanência quer dizer que os monges não devem andar vagando de um mosteiro para outro. Pelo contrário, de acordo com a Regra, cada monge deverá permanecer o resto de sua vida no mesmo mosteiro em que fez seus votos, a menos que por alguma razão o abade o envie a outro lugar. Isso pode parecer tirania, porém Benedito queria remediar uma situação em que muitos se dedicavam a ir de mosteiro em mosteiro, desfrutando de hospitalidade por algum tempo, até que começava-se a exigir deles que levassem junto com os demais monges as cargas do lugar, ou até que começassem a ter conflito com o abade ou com outros monges. Então, em vez de assumir sua responsabilidade, ou de resolver seus conflitos, eles iam para outro mosteiro, onde em pouco tempo surgiam os mesmos problemas.
A permanência foi, assim, uma das características da Regra que mais fez sentir seu impacto, pois deu estabilidade à vida monástica.
A obediência é outro dos pilares da Regra de São Benedito. Todos devem obediência ao abade "sem demora". Isto quer dizer que o monge não só deve obedecer, mas que deve fazer todo o possível para que esta obediência seja de bom grado. Queixas e murmurações estão absolutamente proibidas. Se em algum caso o abade ou outro superior ordena a algum monge que faça algo aparentemente impossível, este lhe exporá com todo o respeito as razões pelas quais não pode cumprir a ordem. Porém, se depois da explicação, o abade insistir, o monge tratará de fazer com boa disposição o que lhe foi ordenado.
O abade, entretanto, não deverá ser um tirano, pois o título "abade" é o mesmo que "pai". Como pai ou pastor das almas que se dedicaram, o abade terá de prestar contas delas no juízo final. Por isso, sua disciplina não deverá ser excessivamente severa, pois seu intento não é mostrar poder, mas trazer os pecadores novamente para o caminho certo.

2 comentários:

andrea vieira disse...

Não poderia passar pelo seu blog e deixar de agradecer pelo texto, que muito me auxiliou em meu trabalho sobre Monasticismo. Um texto claro e objetivo, parabéns vou recomendá-lo no meu blog!
A Graça e a Paz de Cristo!

Andréa Vieira
http;//andreafiesta.blogspot.com

SAO MGIUEL ARCANJO disse...

A nossa Civilização moderna, foi gerada no bojo do Cristianismo, que nos deu o milagre das ciências modernas, a saudável economia de livre mercado, a segurança das leis, a caridade como uma virtude, o esplendor da arte e da música, uma filosofia assentada na razão, a agricultura, a arquitetura, as universidades, as catedrais e muitos outros dons que nos fazem reconhecer em nossa Civilização a mais bela e poderosa Civilização da História.

O Dr. Thomas Woods, PhD de Harvard (2005) e muitos historiadores e pesquisadores como A.C. Crombie, David Lindberg, Edward Grant, Stanley Jaki, Thomas Goldstein, J. L. Heilbron, Rodney Stark, Kenneth Pennington, Daniel Rops e muitos outros mostraram a grande contribuição da Igreja para o desenvolvimento de nossa atual Civilização.

Muitos desses historiadores modernos, que sem o trabalho lento e persistente da Igreja Católica, por mais de dez séculos, após a queda do Império Romano (476) e a ameaça dos bárbaros, o Ocidente não seria o mesmo, não existiria a Nossa Civilização.

Muitos estudantes secundários e universitários têm uma visão deformada a respeito da Igreja Católica, sua vida e sua história. Isto tem muito a ver com a imagem distorcida que muitos professores, lhes passam. Também a mídia, muitas vezes, cujos elementos foram formados nas mesmas universidades, é a causa de uma visão negativa e deturpada da Igreja. Há uma má vontade explícita contra a Igreja. Supervalorizam-se os erros de alguns filhos da Igreja e se escondem as grandes luzes que a Igreja projetou sobre o mundo desde Jesus Cristo.

Debaixo de um ódio ideológico à Igreja Católica, filósofos dito “iluministas” deram à Idade Média cristã o título de “Idade das Trevas”, chamando o movimento deles de “iluminista”, como se “jogasse luz sobre as “trevas” da Idade Média e da Fé Católica”. Eles acusavam injustamente a Igreja de “inimiga da Razão” e do desenvolvimento das Ciências; e que pretendia encarcerar o homem nas trevas da Religião através dos dogmas; e inimiga da liberdade.

Esta triste e injusta mentalidade, anti-histórica, ainda existe hoje em nossas universidades, embora amplamente desmentida pelos historiadores modernos.

Um abraço do Grupo São Miguel
"Somos Católicos Apostólicos Romanos"